Moçambique/Eleições Autárquicas – 2023: Manuel de Araújo Submete na PGR Participação Criminal Contra o Semanário Dossiers & Factos

O autarca de Quelimane, cidade capital da província central moçambicana da Zambézia, Manuel de Araújo, submeteu no mês passado na Procuradoria-Geral da República (PGR), uma participação criminal contra o semanário Dossiers & Factos, sem, no entanto, avançar o tipo de crime que pesa sobre o Jornal.

Manuel de Araújo

Numa nota que o “Diário do País” teve acesso, Manuel de Araújo arrola uma série de factos que alimentam a submissão da participação criminal contra o semanário. Da nota, o edil de Quelimane eleito pela lista da Renamo, o maior partido da oposição no país, elenca a edição n° 506 do semanário, datado de 10 de Abril de 2023 que teve como título na capa “FORA DE BARALHO NA RENAMO: Manuel de Araújo saí para ND (Nova Democracia)“.

Ainda no mesmo documento, o participante refere que o Jornal em causa escreveu na sua página 4 da mesma edição (506) que “COM UMA RELAÇÃO JÁ DOENTIA COM A RENAMO, Manuel de Araújo muda para Nova Democracia”. “O participado disse ainda que tal informação por si veiculada obteve através de uma fonte bem próxima a Ossufo Momade, presidente da Renamo, sem, no entanto, identificar tal fonte”, prosseguiu Manuel de Araújo na participação criminal.

Serôdio Towo

A matéria publicada pelo Jornal sob direcção de Serôdio Towo, segundo Manuel de Araújo, tomou conhecimento “através de amigos, familiares, vizinhos e redes sociais,”. No entanto, esta não é a primeira participação criminal que Manuel De Araújo faz nos últimos dias. Já participou o vice-comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Francisco Tsucana, que, entretanto, disse que não sabia do caso, uma vez que a PGR ainda não o havia solicitado.

O outro participado criminalmente é o comentador radiofónico e televisivo Gustavo Mavie. De Araújo também submeteu uma queixa-crime contra um membro do partido Frelimo [no poder no país] em Quelimane, por ter acusado publicamente o edil de ter recebido valores no estrangeiro em nome da autarquia e não apresentado aos quelimaneses.

(AIM)

Telinforma/JSA