O Secretário-Geral da Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM-Central Sindical), Alexandre Munguambe, disse que nos debates sobre o reajuste salarial houve ameaças de despedimentos dos trabalhadores vindos da parte do patronato.
Falando na Praça dos Heróis, durante a deposição de coroa de flores alusivo ao dia dos trabalhadores, Munguambe disse que o patronato colocou muitas dificuldades nas negociações no decurso da concertação social.
Para Munguambe “os trabalhadores não esperavam esses salários que foram aprovados, esperavam melhores salários ainda. Mas as empresas colocavam diversas dificuldades e ameaçavam despedir uma grande parte dos trabalhadores. Para mantermos os poucos empregos que temos preferimos entrar em acordo com eles, para que os salários fossem pagos do jeito como estão a ser pagos”.
Por outro lado, Munguambe entende que aliado aos baixos salários, persiste o problema do transporte público urbano, entre outros problemas que os trabalhadores enfrentam, tendo apontado 31 mil meticais como mínimo ideal.
Por sua vez, a Ministra moçambicana do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, pede diálogo entre os trabalhadores e o patronato, para a definição de salários, em função de produção de cada instituição.
“Estes salários mínimos aprovados são os limites mínimos, mas as empresas que produzem mais podem muito bem negociar, discutir e pagar os salários em função daquilo que é a sua rentabilidade”, disse Tapala.
Num outro desenvolvimento, a governante referiu que “o que estamos a apelar é calma e continuarem a trabalhar e negociarem com os seus empregadores”.
(AIM)
JSA