O Chefe da Missão Militar da Comunidade dos Países do África Austral (SAMIM), Mpho Molomo, que está a ajudar Moçambique no combate ao terrorismo, considera que a missão está a repor a ordem e a segurança em Cabo Delgado, mas continua a registar focos de resistência do grupo armado.

Para Mpho Molomo, “em termos de segurança pública, as pessoas das zonas urbanas já retomaram as suas vidas com normalidade, mas ainda há muito trabalho por se fazer, porque ainda não conseguimos erradicar, totalmente, o Al Suna Al Jamah”, disse citado pelo diário “O País”.
Falando num seminário sobre a violência baseada no género, especialmente contra mulheres vítimas do conflito armado, Mpho Molomo considera que apesar da resistência do grupo armado, para a SAMIM a situação de segurança na província de Cabo Delgado está estável, especialmente nos principais centros urbanos.
“Também estamos interessados em assegurar que a população de Cabo Delgado viva livremente, recupere a dignidade e produza alimentos para os seus filhos”, disse Mpho Molomo, acrescentando de seguida que “como missão, vemos que fizemos sucessos importantes nas etapas percorridas, mas o problema não está [totalmente] resolvido, e a nossa missão termina em Julho deste ano”.

De referir que o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, decidiu prorrogar por mais um ano, o mandato das tropas daquele do País vizinho destacadas em Cabo Delgado, onde se encontram a apoiar as Forças de Defesa e Segurança (FDS), no combate ao terrorismo naquela província do norte de Moçambique.
Segundo o portal sul-africano News24, Ramaphosa também decidiu estender o mandato das tropas sul-africanas que se encontram numa missão de paz na República Democrática do Congo (RDC). Ramaphosa informou a presidente do Parlamento sul-africano, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, sobre a decisão numa carta datada de seis de Abril corrente.
“Esta (carta) serve para informar à Assembleia Nacional que estendi o destacamento de 1.495 membros da Força de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF) para serviço em cumprimento de um acordo internacional e obrigação da República da África do Sul perante a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) de apoiar a República de Moçambique no combate aos actos de terrorismo e extremismo violento que afectam as zonas do norte de Moçambique”, lê-se numa das passagens da carta.
(AIM)
R.Imprensa/FF/JSA