As autoridades moçambicanas suspenderam as aulas de mais de 42 mil alunos do distrito de Boane, província sulista de Maputo, devido as enxurradas provocadas pelas chuvas intensas que, há cerca de uma semana, se fazem sentir na região sul de Moçambique, bem como na África do Sul e Reino do Eswatini.
Segundo o director do Serviço Distrital de Educação Juventude e Tecnologia, Castigo Cuambe, a suspensão das aulas deve-se ao facto de as escolas dos alunos afectadas servirem de centros de acolhimento para as dezenas de milhares de pessoas que ficaram desabrigadas pelas cheias e inundações.
Trata-s de oito escolas que são usadas para acomodar as famílias cujas casas ficaram alagadas como consequência das fortes chuvas que se registam na região.
Acresce a este número 21 escolas que sofreram com as enxurradas, duas das quais completamente inundadas. Entretanto, Cuambe garante que as aulas serão retomadas a partir da próxima semana se a situação regressar a normalidade.
“Estamos a falar de escolas que estão dentro da água, estamos a falar de escolas que servem como abrigo, estamos a falar de alunos que neste momento estão refugiados com os seus familiares. Acreditamos que esta semana a situação pode-se normalizar”, disse Cuambe, citado pela Rádio Moçambique, emissora nacional.
“Pensamos que dentro de uma semana poderemos retomar as aulas. Se a água não voltar a subir e se a tendência for de baixar, pensamos que esta semana toda podemos ficar sem aulas, mas na (próxima) segunda-feira estaremos a leccionar”, acrescentou.
Referiu que os alunos afectados deverão ter aulas de recuperação, incluindo aos sábados, bem como todo o apoio para aqueles que perderam todo o seu material didáctico. “Para recuperar esta semana que toda foi perdida, estamos a pensar introduzir aulas aos sábados para que o trimestre não possa ficar comprometido. São acções que vamos implementar imediatamente logo que retomarmos as aulas”, disse.
Informações do Instituto Nacional de Redução de Risco de Desastre (INGD) anunciadas hoje indicam que pelo menos sete pessoas morreram e mais de 37.900 foram afectas pelas chuvas. As chuvas também deixaram pelo menos 3.500 casas inundadas.
(AIM)
Telinforma/JSA