Presidentes dos países africanos, chefes de governo ou seus representantes manifestaram Quarta-feira, em Dakar, capital do Senegal, o seu compromisso político de combater a fome no continente.

O compromisso foi expresso durante a cerimónia solene de abertura da Cimeira sobre Alimentação em África (Dakar-2), um evento no qual Moçambique faz-se representar por uma delegação chefiada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, à convite do seu homólogo senegalês e Presidente em exercício da União Africana (UA), Macky Sall.
Durante a abertura, os participantes vincaram a necessidade para a adopção de estratégias que visam, a curto prazo, garantir a segurança alimentar e para que nenhum africano morra devido a fome, reporta a Rádio Moçambique.
Para sustentar a iniciativa, o grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou a abertura de uma linha de financiamento de 10 mil milhões de dólares para programas de desenvolvimento da agricultura nos países africanos, durante os próximos cinco anos.
O financiamento deverá servir para incrementar para a produção de alimentos, restaurar os sistemas de agricultura e toda a sua cadeia de valor.
O presidente do BAD, Akinwumi Adesina, referiu que a soberania e a liderança alimentares em África devem triunfar através de acções concretas, num continente que necessita de fertilizantes e insumos agrícolas.
As mulheres e jovens ganham destaque na cimeira como camadas que devem ser mais potenciadas, de modo a engajarem-se na produção de alimentos. A UA entende que urge envidar esforços conjuntos tendo em conta os pilares da iniciativa Nova Parceria para Desenvolvimento de África (NEPAD) desde o alargamento da produção, melhoria do acesso ao mercado, de equipamentos e reduzir as perdas pós-colheita, bem como apoiar os pequenos produtores.

Os governos devem incrementar os seus orçamentos direccionados para o sector agrário, situados actualmente em apenas 12 por cento. A cimeira termina próxima sexta-feira (27). Dacar 1, a primeira edição, teve lugar em 2015.
Nesta deslocação, Nyusi faz-se acompanhar pelo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Coreia; vice-ministros, dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves; de Economia e Finanças, Amílcar Tivane, bem como de quadros da Presidência e de outras instituições do Estado.
(AIM)
Telinforma/JSA