CHAN/Argélia: Mambas Vencem a Poderosa Líbia

A selecção moçambicana de futebol, “Mambas”, venceu na noite de Terça-feira (17/01), a poderosa selecção da Líbia por 3-2, em jogo da segunda jornada da fase de grupos. Melque, Nené e Lau King apontaram os golos dos Mambas, num espaço de 10 minutos. Em auto golos, Chico, com o primeiro na própria baliza, e Anis Saltou, na ponta final, fizeram os golos dos líbios.

Argélia está a ser o talismã para os Mambas. Alcançaram o primeiro empate e o primeiro ponto numa fase final do CHAN na primeira jornada, frente à Etiópia, e hoje somaram a primeira vitória, diante da Líbia, e podem assegurar um lugar na fase a eliminar, quartos-de-final, de uma fase final de um Campeonato Africano das Nações.

Nunca antes os Mambas tinham feito o que estão a fazer nesta edição do CHAN. A história está a ser feita com pés, cabeças e luvas de ouro pelos bravos Mambas comandados pelo antigo Mamba, Chiquinho Conde.

O seleccionador nacional, Chiquinho Conde, cumpriu a promessa de fazer três alterações ao “onze” que defrontou a Etiópia na primeira jornada e tirou Kito, Telinho e Lau King, fazendo entrar para os seus lugares João Bonde, Melven Ling e Isac de Carvalho, que ostentou a braçadeira de capitão.

Na segunda parte entrou mais forte a Líbia à procura do golo da tranquilidade, mas Victor não permitiu os festejos de Khouja, que apareceu do lado direito para rematar rasteiro, para defesa do guarda-redes moçambicano.

Chiquinho Conde

Chiquinho Conde queria mais dos Mambas e fez substituições. Na primeira leva fez sair Danilo, Melven e João Bonde e fez entrar Bhéu, Lau King e Melque, com intenções claras de potenciar a frente de ataque.

Ou seja, do sistema inicial de 4x2x3x1, os Mambas passaram a jogar num 4x2x2x2, com Lau King e Isac na frente, Melque e Nelson a apoiarem o ataque.

Ainda assim, foi a Líbia a dispor de duas ocasiões para marcar – uma delas que foi rematada por cima e outra para defesa de Victor.

Depois dessas duas oportunidades, Conde fez sair os dois médios defensivos, Amadou e Shaquile, e, para os seus lugares, entraram Nené e Dário Melo.

Foram substituições que acabaram por surtir efeito, já que os Mambas estavam balançados ao ataque. Isac deu o aviso à navegação, com um remate para cima, à entrada da área, aos 72 minutos.

Dois minutos depois, a história começou a ser escrita. Melque, da mesma posição onde Isac atirou por cima, o avançado da Black Bulls mostrou como se faz: rematou rasteiro para o fundo das malhas. Allafi ficou pregado e viu a bola anichar-se no fundo das malhas. Era o empate.

Os líbios ainda procuravam erguer-se do golo sofrido, mas os Mambas estavam com tudo. Seis minutos depois, um canto da direita é cobrado com conta, peso e medida para a cabeça de Nené, que foi certeiro e revirou o resultado.

Era o melhor momento dos Mambas e com jogadas de dar inveja a qualquer um, tal como a que deu o terceiro golo. Nené lança Melque pela esquerda, que cruza centrado para o pé direito do Rei Lau que apenas encostou. Houve festa que nunca mais terminava.

No entanto, Victor, que tinha sido o melhor guarda-redes da primeira jornada, acabou por colocar a nódoa no pano branco, ao fazer mal o alívio, entregando a bola ao adversário, que, com frieza, reduziu, aos 93 minutos, a fazer recordar os fantasmas dos minutos finais.

Desta vez, os Mambas estavam bem avisados e Conde do Chiquinho acabou por fazer história.

Um empate na última jornada, diante da Argélia, coloca a cereja no topo do bolo.

(AIM)

“O País”/JSA