Nyusi Quer Envolvimento de Todos os Cidadãos na Protecção do Meio Ambiente

O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, reafirmou esta segunda-feira (12) a necessidade do envolvimento de todos os cidadãos na protecção do meio ambiente, bem como de uma mudança radical dos esforços em curso para a preservação do meio ambiente.

Presidente Filipe Nyusi, em Washington


O Chefe de Estado moçambicano defendeu esta posição em Washington, capital norte-americana, durante um encontro de trabalho mantido com representantes da International Conservation Caucus Foundation, uma instituição vocacionada à protecção do meio ambiente.

Nyusi encontra-se em Washington, a convite do seu homólogo norte-americano, Joe Biden, onde vai participar na II Cimeira de Líderes EUA-África.

Na ocasião, falou das actividades em curso no país para a conservação do meio ambiente, tendo referido que 25 por cento do território nacional já tem estatuto de área protegida.

Sublinhou que não obstante os avanços conseguidos no país ainda persistem muitos obstáculos tais como a caça furtiva, pesca ilegal, desmatamento e uma elevada taxa de crescimento populacional.

“Como sinal do nosso compromisso com a natureza estamos em processo de expansão para as áreas marinhas no quadro da nossa política de gestão sustentável de recursos naturais e de capitalização da cadeia de valor da Economia Azul”, disse Nyusi, citado pela Rádio Moçambique, emissora nacional.

Referiu que o Executivo reafirma a sua estrutura de governação por oferecer uma melhor abordagem sobre as matérias associadas ao meio ambiente e mudanças climáticas.

Para o efeito, o governo aprimorou o quadro legal, políticas e instrumentos normativos de ordenamento espacial terrestres e marítimos, bem como sobre o ambiente florestal e conservação da biodiversidade.

Criou também instituições específicas e melhorou a capacidade já existente em matéria de gestão e fiscalização dos recursos naturais e do ambiente de modo a responder aos fenómenos ambientais.

A lista inclui a reabilitação de ecossistemas e repovoamento faunístico de espécies emblemáticas e de valor ecológico nas áreas de conservação, algo que permite a translocação de animais bravios entre as áreas de conservação nacional.

Outra medida é o repovoamento com espécies importadas dos países vizinhos, uma medida que teve o condão de contribuir para o crescimento da fauna bravia.

“A título ilustrativo translocamos este ano 26 rinocerontes para o Parque Nacional de Zinave que passou a ser o único detentor dos “Big Five” elefantes, leopardo, leão, rinocerontes e búfalos.

Como resultado nos últimos seis anos Moçambique não tem registado de elefantes nos parques e reservas graças aos sistemas montados de controlo das manadas.

A este crescimento todo junta-se a estabilização da população de espécies emblemáticas, como o elefante, resultante da redução da caça furtiva e do comércio ilegal de troféus de fauna bravia e ao mesmo tempo o reforço da responsabilização criminal com a atribuição de penas de prisão de até 16 anos.
(AIM)
SG/JSA