Moçambique/Inhambane: Jovem Morto ao Tentar Fotografar Elefantes Em Massinga

Um jovem foi esmagado mortalmente por um elefante, esta Quinta-feira (18), ao tentar fotografar três elefantes que apareceram e semearam terror nas localidades de Guma e Lionzuane, em Massinga, província sulista moçambicana de Inhambane.

Elefante

Segundo apurou a AIM de fontes locais, trata-se de um jovem identificado como Gildo Mafilhice que, juntamente com outros jovens, acorreram para o local onde se encontravam os paquidermes em Selessa, no círculo de Hunguane, localidade de Guma, para tentarem fazer o registo de imagens dos três elefantes, usando celular.

Georgina M. disse que os três elefantes encontravam-se numa mata, em Selessa, e que “algumas pessoas estão a correr para irem ver”. Na sequência disso, os paquidermes “acertaram uma pessoa e mataram”.

Para Georgina, a família tentou localizar o corpo e “encontrou esmagado na parte da barriga, com o apoio da polícia” no local da morte.

Raulinda Manhice, por seu turno, explicou que efectivamente os elefantes escalaram Hunguane, depois de terem sido vistos em Mabicane, na localidade de Lionzuane, e terão provocado outros estragos na noite de Quarta para Quinta-feira. “A noite estiveram em Mabicane e escalaram os povoados de Dora, provenientes de Funhalouro (distrito vozinho), até entrarem em Hunguane”, disse.

Uma outra fonte descreveu que na zona comercial de Hunguane, que cita na estrada nacional número um (EN1), havia um escalar de barulho ensurdecedor de populares que “estão a bater chapas de zinco, batuques e outros instrumentos” para impedir que os elefantes passassem por lá.

Perante este cenário de prevenção da sua aparição através do barulho, os elefantes passaram a um pouco mais de 500 metros da zona comercial. “Passaram da Escola-B”, disse a fonte.

Por seu turno, Samito S. lamentou a morte do jovem considerando que esses paquidermes “quando você os mata, vai a cadeira, mas quando esses matam pessoas nada acontece e ninguém paga por isso, porque eles são animais. Matam-nos, estragam as nossas casas e machambas, mas o homem não pode retribuir”.

Regina Z. estranhou a presença de paquidermes naquela zona do Distrito, nomeadamente nos distritos de Guma e Lionzuane, argumentando que “ao longo dos meus mais de 60 anos de vida, nunca ouvi que passaram daqui elefantes. Só me lembro de ter ouvido falar da aparição de búfalos na década 70, apenas”.

(AIM)

JSA