A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) está a mobilizar no mercado internacional cargueiros para responder as oportunidades de negócios no transporte de produtos agrícolas com grande valor comercial e de exportação.

Para esse caso, a companhia vai passar, nos próximos dias, a transportar o litchi, produzido na província central de Manica, para o mercado francês, numa altura em que também se abrem oportunidades de negócios, no transporte de outro tipo de cargas no país.
Segundo o director-geral da LAM, João Pó Jorge, citado pelo “Notícias”, os cargueiros em mobilização não só servirão para produtos agrícolas com grande valor comercial e de exportação, mas também, materiais de trabalho das multinacionais que estão a investir na exploração de gás natural, na província nortenha de Cabo Delgado.
“Estamos a pensar em enviar cargueiros para os produtos agrícolas com destaque para o litchis de Manica para a França. Mas tudo depende da capacidade do mercado na compra do produto que é bastante valioso em Moçambique”, disse.
Segundo Jorge, neste momento, a companhia perspectiva terminar o ano com uma frota de nove aeronaves, e aumentará gradualmente e chegar até 2030 com um total de 21 aparelhos. Explicou ainda que, devido à pandemia da Covid-19, o transporte de carga pela companhia reduziu drasticamente ao nível do mercado doméstico, bem como regional.

“Estamos a trabalhar para racionalizar as nossas frotas, escolhendo aeronaves que satisfaçam os propósitos e não termos uma variedade que seja difícil de gerir em termos de recursos humanos e os produtos a oferecer ao mercado”, frisou.
No transporte de passageiros, o director-geral da LAM revelou que a empresa tem a ideia de expandir a rede para mais destinos, tendo anunciado que a companhia iniciou voos para Harare, estando agora a equacionar a possibilidade de incluir Lusaka, na Zâmbia e também novas cidades da África do Sul.
A companhia vai priorizar o uso do seu equipamento, mas por limitações da frota, nalgumas vezes, irá buscar aeronaves de outros operadores com destaque para os sul-africanos e outras disponíveis. A empresa garante estar muito atenta à lei do conteúdo local, porque quer estar nos grandes projectos de investimento, bem como, aproveitar as oportunidades de negócios nele existente.
(AIM)
Telinforme/JSA