Moçambique/Nampula: Primeiro-Ministro Inteira-se do Impacto do Ciclone “Gombe”

Por:  Rosa Inguane, da AIM, em Nampula

O Primeiro-Ministro da Republica de Moçambique, Adriano Maleiane, efectuou, Segunda-feira (14/03), uma visita de trabalho à província nortenha moçambicana de Nampula, onde se inteirou do impacto causado pelo ciclone “Gombe” que, Sexta-feira, devastou as províncias de Nampula e Zambézia.

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Imagens de Video que Circulou nas Redes Sociais. Confira:
https://www.youtube.com/watch?v=aiyc81j3fyw

Segundo os dados do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), divulgados Segunda-feira, o ciclone causou 17 mortes, só na província de Nampula. A passagem do “Gombe” também foi marcada pela destruição de inúmeras infra-estruturas e residências, afectando 100.441 pessoas, o correspondente a 20.307 famílias, nas províncias de Nampula e Zambézia.

Em Nampula, o Primeiro-Ministro fez a monitoria das acções em curso de resposta e assistência humanitária nas zonas atingidas por este evento climatérico extremo, expressar a solidariedade do Governo para com as pessoas afectadas, bem como avaliar as necessidades de reconstrução de emergência de infra-estruturas sociais básicas que ficaram destruídas.

A agenda do Primeiro-Ministro incluiu visitas às zonas e infra-estruturas públicas e privadas afectadas pelo ciclone nos distritos de Mongicual e Monapo, bem como manter encontros com os órgãos de representação do Estado na Província, do Conselho Executivo Provincial e com os membros do Comité Operativo de Emergência (COE).

Governo Vai Criar Seguro Soberano Para Gestão de Desastres Naturais

Segundo Adriano Maleiane, o governo moçambicano está a projectar a criação de um seguro soberano para reforçar e melhorar a gestão de desastres naturais, particularmente para as áreas de infra-estruturas e agricultura.

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Adriano Maleiane

Maleiane fez o anúncio em Nampula, no final da sua visita de um dia. A criação deste mecanismo, segundo Maleiane, será um salto muito grande para a mitigação do impacto das calamidades que, nos últimos anos, têm atingido o país com maior frequência e intensidade.

 “Estamos a trabalhar para termos um seguro soberano, porque não é possível prever o que vai acontecer a nível de infra-estruturas. Por mais resilientes que possamos ser, as mudanças climáticas estão a dar-nos uma visão que nós não sabíamos. Então a única forma é reforçar a capacidade do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, (INGD), em matéria financeira aderindo ao seguro soberano”, explicou Maleiane.

Para Maleiane, na área de agricultura, por exemplo, é importante criar mecanismos para a instituição de um seguro contra secas, cheias, para reduzir o sofrimento das famílias vítimas de eventos extremos. Maleiane entende que este será um passo significativo no caminho da mitigação, enquanto se trabalha igualmente na prevenção através da construção de habitação, estradas e pontes mais resilientes.

Na sua deslocação à província de Nampula, Maleiane fez-se acompanhar pela presidente do INGD, Luísa Meque, e quadros do seu Gabinete.

(AIM)

RI/JSA