Grupos terroristas atacaram na manhã de Quarta-feira (23/05) uma posição das Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas na aldeia do “Quinto Congresso”, no distrito de Macomia, província nortenha moçambicana de Cabo Delgado, segundo reportagem de sexta-feira do jornal independente “Mediafax”.
Na aldeia foi colocada uma das recentemente criadas “Unidades de Comando Independentes” das Forças Armadas Moçambicanas (FADM), mas os agressores entraram na aldeia em grande número, e a unidade de comando recuou. Um dos membros das FDS, no entanto, caiu nas mãos dos jihadistas, que não apenas o decapitaram, mas também cortaram seus braços e pernas e espalharam partes do cadáver desmembrado pela aldeia. “Mediafax” teve acesso a fotografias dessa atrocidade e as descreveu como totalmente horríveis.
Paralelamente, outra unidade das FDS , também em Macomia, foi alvo de um ataque terrorista. Uma declaração emitida pela auto-denominada “Província Centro-Africana do Estado Islâmico” reivindicou a responsabilidade pelos ataques. Uma nota de quarta-feira do Ministério do Interior, emitida através do comando provincial de Cabo Delgado, confirmou o ataque e a decapitação.
O homem que morreu era um oficial de polícia estagiário, normalmente estacionado na província vizinha de Niassa, mas que tinha sido destacado para a Sexta Companhia Independente de Comandos. Fonte local e citada pelo “Mediafax” a dizer que as tropas moçambicanas e sul-africanas têm estado envolvidas em violentos confrontos contra os islamistas na zona da provação do V Congresso.
O distrito de Macomia abrigou uma das principais bases terroristas, recentemente desmantelada pelas FDS e seus parceiros. Acreditava-se que o líder terrorista Bonomade Machude Omar, morto recentemente, vivia nessa base. As fontes do jornal “Mediafax” também temem que os terroristas possam ter recebido recentemente reforços da República Democrática do Congo.
(AIM)
PF/JSA