Homens armados dispararam tiros de bazuca e rajadas de metralhadora, forçando a entrada na sede do Governo. Várias pessoas morreram. Presidente Sissoco Embaló garante que situação foi controlada.

Tiros de bazuca e rajadas de metralhadora foram ouvidos esta Terça-feira (01) à durante cinco horas até ao final da tarde no Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros.
Tanto o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, como o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, estavam no interior do edifício.
Segundo a VOA, várias pessoas morreram e várias ficaram feridas. As principais vias de Bissau foram cortadas. Os soldados guineenses montaram barreiras num perímetro de 500 metros à volta do Palácio do Governo. As rádios fecharam as portas por motivos de segurança.

Mas, ao fim da tarde, “as forças de defesa e segurança conseguiram impedir este atentado à democracia”, afirmou Sissoco Embaló. De acordo com Sissoco Embaló, tratou-se de um “acto bem preparado e organizado e que poderá também estar relacionado com gente relacionada com o tráfico de droga”.
O país “não merece isto”, desabafou o Presidente da República durante uma comunicação à Nação, esta terça-feira à noite. E rejeitou quaisquer responsabilidades: “Sou um homem de paz, contra a violência”.
Embaló, que durante o ataque foi retido no Palácio do Governo, juntamente com o primeiro-ministro, garante agora que a situação está “sob controlo”.
Em comunicado, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de que Guiné-Bissau é membro, condenou a “tentativa de golpe de Estado”.
A União Africana disse estar bastante preocupada com a situação na Guiné-Bissau. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou ao “respeito pelas instituições democráticas”.
(AIM)
VOA/JSA