Uma força militar conjunta, constituída por membros das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS) e do exército ruandês abateu um líder terrorista durante uma operação que teve lugar sábado, na região de Nankidunga, que dista cerca de seis quilómetros da vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, na região norte.
O anúncio foi feito este domingo (30) pelo comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, durante uma parada militar com as FDS posicionadas em Mangoma, que dista cerca de 13 quilómetros da vila-sede, e 11 quilómetros de Nankidunga, onde foi morto o líder terrorista, juntamente com o seu comparsa, cujo nome não foi revelado.
Rafael anunciou também a recuperação, pelas tropas moçambicanas e ruandesas, de duas armas de fogo do tipo AKM e oito carregadores.
“Twahili Mwidini caiu ontem (sábado) as 10h30, e fazia isso de um corredor. Este líder, Twahili Mwidini, um tanzaniano, já era procurado pelas Forças de Defesa e Segurança”, disse.
O comandante-geral da PRM afirma que Mwidini foi quem dirigia as operações terroristas em Mocímboa da Praia e raptou duas irmãs de nacionalidade brasileira numa das comunidades em Mocímboa da Praia.
“Twahili Mwidini castigou aquelas irmãs, nós resgatamos aquelas irmãs aqui mesmo em Mangoma”, afirmou.
Explicou que nos últimos 60 dias, as FDS, em parceria com as tropas do Ruanda e da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM) abateram mais de sete líderes, deixando os terroristas cada vez mais fragilizados.
“Isso significa que as operações das FDS estão a surtir o efeito. Os terroristas estão fragilizados e é chegado o momento de acelerar cada vez mais, pois os terroristas “estão com fome, com sede, estão de luto todos os dias de seus dirigentes”.
Segundo Bernardino Rafael, o número de baixas no seio dos terroristas não inclui os operacionais e “isso significa que estamos num bom caminho no combate ao terrorismo na República de Moçambique”.
Bernardino Rafael também escalou deslocou-se ao distrito de Palma, em Cabo Delgado, para saudar as FDS e as forças envolvidas no combate ao terrorismo.
Desde Agosto último, cerca de dois mil militares ruandeses encontram-se a apoiar as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS) no combate ao terrorismo, ao abrigo de um acordo bilateral rubricado entre os governos, moçambicano e ruandês.
Antiga base dos insurgentes, a vila costeira de Mocímboa da Praia dista a cerca de 70 quilómetros a sul da área onde decorrem projectos de exploração de gás natural.
(AIM)
Telinforma/JSA