O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) considera que pelo menos 18 pessoas morreram e outras 99 ficaram feridas na sequência da passagem da tempestade tropical “Ana” que atingiu as regiões centro e norte de Moçambique.
Dos óbitos, oito ocorreram na província da Zambézia, centro de Moçambique, três em Nampula (norte), quatro em Tete (centro) e três em Manica (também no centro).
“Em termos de danos humanos temos a lamentar, até ao momento, a indicação de 18 óbitos nas províncias de Zambézia, Nampula, Tete e Manica; e 99 feridos que prontamente receberam assistência médica”, disse Quinta-feira (27) à AIM, o porta-voz do INGD, Paulo Tomás.
Segundo Tomás, como consequência da tempestade tropical houve, também, registo de 7.315 casas parcialmente destruídas, outras 2.756 totalmente destruídas e 391 residências inundadas.
“Isto impactou no abrigo de 45.395 pessoas, o que corresponde a um universo de 9.789 famílias”, disse.
No sector da saúde, referiu a fonte, os dados preliminares apontam para a destruição de 12 unidades sanitárias.
Já no sector da educação, um total 137 escolas ficaram igualmente destruídas. “Ainda na educação, a tempestade afectou um total de 27.383 alunos”, acrescentou.
Para Tomás os estragos incluem 132 postes de energia destruídos.
Ele anotou ainda que, como ainda existem áreas inundadas, decorre o levantamento dos hectares de culturas que ficaram submersas.

Em relação as infra-estruturas de abastecimento de água que ficaram afectadas, as equipas já se encontram no terreno a garantir a rápida reposição para que as comunidades tenham acesso ao líquido precioso e naturalmente evitar-se a ocorrência de doenças de origem hídrica.
“Nas zonas onde ainda não há acesso decorre a distribuição de suplementos que permitem a purificação da água que é para evitar a ocorrência de doenças de origem hídrica que aparecem na época chuvosa″, ressaltou.
Revelou que foram criados oito centros de acomodação nas províncias da Zambézia e Tete que albergam cerca de 4.800 pessoas.

“Em relação a famílias desalojadas houve necessidade de criação de centros de acomodação sendo seis na Zambézia e dois em Tete. Mas também há um trabalho que está sendo feito por parte das famílias que é de se dirigirem aos centros de acomodação de forma voluntária”, salientou.
As equipas técnicas que se encontram no terreno estão igualmente a avaliar as condições de regresso das famílias `as suas zonas de origem para reduzir concentração nos centros de acomodação.
“Acreditamos que nos próximos dias o número poderá reduzir tendo em conta o trabalho no terreno. Mas, não havendo condições por parte delas, naturalmente que iremos continuar a criar condições para que as famílias estejam bem acomodadas”, explicou.
Por outro lado, para assegurar a retoma da transitabilidade, técnicos do INGD e da Administração Nacional de Estradas (ANE) estão a avaliar as condições de instalação de pontes metálicas.
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(AIM)
AMQ/MZ/JSA