Por: Rosa Inguane, da AIM, em Nampula
O Primeiro-Ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, alerta sobre a importância de aprimorar ideias que possam conduzir à adaptação às mudanças climáticas, pois Moçambique continuará vulnerável a eventos climáticos extremos, como a depressão tropical “ANA” que assolou o País no início da semana corrente.
Carlos do Rosário, que desde Quarta-feira (26) realiza uma visita de trabalho de dois dias a Nampula, fez estas considerações nesta quarta-feira, durante a quarta sessão do Comité Operativo de Emergência da província de Nampula.
As últimas informações indicam que a depressão tropical “ANA” provocou a morte de pelo menos 8 pessoas, incluindo o Administrador distrital da província central de Tete, para além dezenas de feridos e destruição de muitas infra-estruturas públicas e privadas.
“Só de 2019 a 2020 ocorreram cinco ou seis ciclones, a sua frequência e intensidade levam-nos a dizer que devemos fazer as coisas de uma maneira muito mais estruturante, o trabalho de prevenção e adaptação às mudanças climáticas. Isso significa que teremos de construir infra-estruturas de forma muito mais resiliente. Não podemos fazer a mesma coisa todos os dias”, salientou Carlos do Rosário.
Para o Primeiro-Ministro é necessária uma abordagem mais holística e integrada, pois as mudanças climáticas vieram para ficar. “Temos que fazer um esforço para construirmos infra-estruturas que possam facilmente gerir as barragens. Somos um país que contribuiu muito pouco para a poluição, mas somos um dos mais prejudicados. Poder-se-á dizer: já estão a estender a mão, mas não é isso, a dimensão do que somos obrigados a fazer para a prevenção e adaptação é enorme e nenhum país sozinho o conseguiria fazer”, explicou.
O governante insiste na resiliência, explicando que “todos os anos teremos ciclones e outros desastres. Então devemos procurar recursos para convivermos com esta situação, com muita ênfase na prevenção e adaptação”.

O Primeiro-Ministro salientou a importância de trabalhar para permitir a retoma da actividade social normal. “Queremos que a situação se normalize, para que se continue a produzir e que as escolas possam abrir e os hospitais funcionem. Também queremos monitorar a situação da Covid-19, que é um problema grave que pode estrangular os nossos propósitos preconizados no Programa Económico e Social”, concluiu.
Nesta quinta o Primeiro-Ministro que viaja acompanhado da vice-ministra das Obras Pública e do vice-presidente do Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastres, (INGD), trabalhará nos distritos de Larde e Angoche que sofreram os efeitos da depressão tropical ”ANA”.
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(AIM)
RI/JSA