Por: Telinforma da AIM
O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, considera que a extensão da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM) está orçada em cerca de 29,5 milhões de dólares, por um período adicional de três meses, para dar continuidade a luta contra o terrorismo e extremismo violento na província de Cabo Delgado, norte do país.
Nyusi explicou que o montante será aplicado no suprimento da logística da operação que, actualmente, envolve um efectivo militar de perto de dois mil homens. “A SADC colocou-se à disposição para continuar. Aprovou o orçamento para poder aguentar ou sustentar o seu compromisso e esse orçamento foi aprovado na totalidade [unanimidade] ”, vincou Nyusi, que falava em conferência de imprensa, após o término da Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) evento que teve lugar hoje, em Lilongwe, capital malawiana.
A Cimeira de Lilongwe tinha por objectivo passar em revista os progressos registados pela SAMIM, no apoio a Moçambique, na luta contra o terrorismo que afecta alguns distritos do norte de Cabo Delgado, bem como recomendar os passos subsequentes para intensificar as operações visando erradicar da região o flagelo de terrorismo e extremismo violento.
Segundo o estadista moçambicano, o orçamento referido não pode constituir preocupação para o país porque as acções no Teatro Operacional Norte estão sob a responsabilidade da SAMIM, incluindo Moçambique. Questionado se o orçamento seria suficiente para suprir todas as acções militares durante os próximos três meses, Nyusi foi cauteloso, considerando que “eu deixaria essa pergunta para os operativos, porque tiveram um mandato para continuarem; [então] eles é que vão ver os cenários”.
O evento decorreu sob a direcção do estadista malawiano, Lazarus Chakwera, na qualidade de Presidente em exercício da SADC. Os participantes também aprovaram o Quadro de Apoio à Moçambique no combate ao terrorismo, que delineia, entre outras, acções para a consolidação da paz, segurança e recuperação socioeconómica de Cabo Delgado.
A Cimeira foi antecedida terça-feira (11) pela Reunião da Troika do Órgão de Cooperação nas áreas de Política, Defesa e Segurança, alargada a Moçambique e países contribuintes com pessoal que recomendou a extensão do mandato da SAMIM. Desde Outubro de 2017 que Moçambique enfrenta ataques terroristas na província nortenha de Cabo Delgado e que já provocaram a morte de mais de 2.500 pessoas e forçou outras 800 mil a abandonar as suas zonas de origem e procurar abrigo em locais mais seguros, desencadeando uma crise humanitária.
Participaram na Cimeira os Presidentes da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, África do Sul (Cyril Ramaphosa), Zâmbia (Hakainde Hichilema), bem como os vice-presidentes do Botswana (Slumber Tsogwane), Namíbia (Nangolo Mbumba), Tanzânia (Philip Mpango), Zimbabwe (Constantino Chiwenga), Primeiro-ministro do Reino da Swazilândia (Cleopas Dlamini).
SADC Estende Missão Militar em Moçambique
A Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) decidiu estender o mandato da missão militar desta organização regional (SAMIM) para o combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
O evento teve lugar Quarta-feira (12), em Lilongwe, capital malawiana, no qual Moçambique fez-se representar por uma delegação chefiada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi. Dirigiu a Cimeira o estadista malawiano, Lazarus Chakwera, na qualidade de Presidente em exercício da SADC.
“A Cimeira notou o bom progresso feito desde o destacamento da Missão [Militar] da SADC em Moçambique SADC estende missão militar em Moçambique e alargou o seu mandato e as implicações orçamentais inerentes, e continuará a monitorar a situação no futuro”, lê-se no comunicado final emitido após o término do encontro.
Entretanto, o documento não faz nenhuma menção sobre o período do novo mandato. O actual, válido por três meses, expira no sábado da semana corrente. Os participantes também aprovaram o Quadro de Apoio à Moçambique no combate ao terrorismo, que delineia, entre outras, acções para a consolidação da paz, segurança e recuperação socioeconómica de Cabo Delgado.
A Cimeira elogiou a SADC pelo seu compromisso inabalável com a paz e segurança, e por usar os seus próprios recursos no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, um caso sem precedentes no continente africano. Falando na sessão de abertura, o estadista malawiano fez questão de frisar que a SAMIM, que integra um efectivo militar de perto de dois mil homens, é primordial e contínua, e os riscos para todos os Estados membros são elevados.
“Estamos lutando pela própria estabilidade da nossa região. Estamos lutando pela paz e segurança de nossa região”, disse. A luta é pela sustentabilidade na busca pela integração e desenvolvimento socioeconómico da Comunidade.
“O resultado final é o seguinte: enquanto os nossos irmãos e irmãs no norte de Moçambique continuarem a fugir de suas casas para escapar a ameaça armada contra as suas vidas, nenhum de nós aqui pode estar em paz”, sublinhou.
“Enquanto nossos irmãos e irmãs moçambicanos forem forçados a abandonar os campos que esperavam estar cultivando neste momento, nenhum de nós aqui pode estar em paz”, acrescentou. Referiu que enquanto houver moçambicanos forçados a escolher entre abandonar a sua comida e roupas em Cabo Delgado para enfrentar fome e humilhação ou permanecer para de seguida enfrentar a crueldade e violência dos terroristas, ninguém na região poderá viver em paz.
Portanto, disse Chakwera, não é exagero dizer que a SAMIM não pode e nem deve falhar. Mesmo assim, é preciso ter sempre em mente que o sucesso da presente missão, de acordo com Chakwera, não é um dado adquirido, pois “o seu sucesso depende de nossa determinação, nosso apoio, nossa unidade e nossa perseverança”.
A Cimeira foi antecedida terça-feira (11) pela Reunião da Troika do Órgão de Cooperação nas áreas de Política, Defesa e Segurança, alargada a Moçambique e países contribuintes com pessoal que recomendou a extensão do mandato da SAMIM.
Desde Outubro de 2017 que Moçambique enfrenta ataques terroristas na província nortenha de Cabo Delgado e que já provocaram a morte de mais de 2.500 pessoas e forçou outras 800 mil a abandonar as suas zonas de origem e procurar abrigo em locais mais seguros, desencadeando uma crise humanitária.
Participaram na Cimeira os Presidentes da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, África do Sul (Cyril Ramaphosa), Zâmbia (Hakainde Hichilema), bem como os vice-presidentes do Botswana (Slumber Tsogwane), Namíbia (Nangolo Mbumba), Tanzânia (Philip Mpango), Zimbabwe (Constantino Chiwenga), Primeiro-ministro do Reino da Swazilândia (Cleopas Dlamini).
(AIM)
Telinforme/JSA