Por: Leonel Muchano, da AIM, em Ressano Garcia
O Comandante Geral da Polícia (PRM), Bernardino Rafael, considera que os novos meios circulantes que a corporação está introduzir às patrulhas nos diversos bairros da capital moçambicana, Maputo, fazem parte do leque necessário para chegar à comunidade que é a essência da sua actuação na manutenção da lei e ordem.
Rafael, que falava Terça-feira (11) no posto administrativo de Ressano Garcia, província sulista moçambicana de Maputo, reagia aos vários comentários, em vários segmentos da sociedade, em torno dos novos meios circulantes que a polícia acaba de introduzir, com vista a melhorar ainda mais a sua capacidade de resposta na luta contra a criminalidade, que inquieta as comunidades.
“O que está a acontecer na polícia é um processo de modernização e estamos a seguir os modelos da polícia do mundo em termos de meios de trabalho”, explicou o comandante, anotando que se as pessoas se informar melhor, saberão que os meios de patrulha incluem as bicicletas, “txopelas”, triciclos motorizados, no combate a criminalidade.
Segundo Rafael, a corporação foi orientada a priorizar a comunidade, que, por sinal, é a essência da sua actuação e no país existem áreas nas comunidades cujo acesso precisa de meios certos e, para o efeito, apontou, a título de exemplo, os aglomerados populacionais como Ka Lhamanculo e Ka Maxaquene, Cidade capital moçambicana de Maputo.
“Com estes meios que estamos a ensaiar, será possível chegar onde se pretende nas patrulhas da polícia que podem ser pedestres, motorizadas, mas existem também os carros, cavalos e outros meios”, disse Rafael.
Os meios circulantes, que já recebem inclusive vários nomes depreciativos como “abelhinhas”, “borboletinhas”, por conta das suas módicas dimensões, fazem parte, segundo Rafael, do vasto leque de meios que a corporação está a adoptar para completar o necessário para a sua actuação.
O comandante disse, por outro lado, tratar-se de uma doação recebida em 2021, porém havia necessidade de preparar os agentes da polícia que vão usar, com vista a dominar a sua utilização, porquanto um dos graves problemas que enfermam a corporação são os acidentes.
“Nas patrulhas, não queremos que jovens deixem de andar devagar e comecem a correr, então era preciso preparar, primeiro, os seus utilizadores”, ressaltou o comandante.
Questionado pela AIM se está garantida a assistência técnica para que os novos meios possam ter maior durabilidade, Rafael disse que a aceitação do donativo se baseou numa pesquisa feita no mercado. “Os txopelas que circulam nas ruas das cidades tem assistência, em função disso acreditamos que teremos assistência técnica garantida”, garantiu a fonte.
(AIM)
LM/JSA