Por: Rosa Inguane, da AIM, em Nampula
O Presidente da República de Mocambique, Filipe Nyusi, reitera o compromisso do seu governo de criar facilidades de conectividade territorial, com vista a garantir a coesão, unidade nacional e a redução de assimetrias.
Nyusi falava Sexta-feira (10) na inauguração do troço Cuamba-Muíta, da estrada nacional número 13, (N13), que liga as províncias nortenhas mocambicanas de Niassa e Nampula.
“O nosso compromisso é o crescimento, o desenvolvimento inclusivo. O nosso compromisso é a coesão territorial e a redução das assimetrias ao longo de todo o território. O país torna-se coeso e unido havendo facilidades para todos, não apenas para alguns”, sentenciou.
A empreitada consistiu na asfaltagem de 138 quilómetros de Cuamba a Muíta, o troço que ainda faltava para estabelecer a ligação até a capital da província do Niassa, a cidade de Lichinga.
O empreendimento, que custou mais de 3.8 mil milhões de meticais, foi financiado pelo governo de Moçambique e o Banco Africano de Desenvolvimento.
Nessa secção da N13, cujas obras arrancaram a 16 de Fevereiro de 2018, foram igualmente construídas cinco novas pontes.
Decorrente da conclusão da asfaltagem dos cerca de 340 quilómetros entre Cuamba e Lichinga, o presidente Nyusi reforçou a ideia de que a província do Niassa se posiciona para consolidar vantagens competitivas, não só no agro-processamento.
“Adicionalmente esperamos maior mobilidade e conectividade de pessoas e bens a partir de Cuamba, na conjugação inter-modal com o transporte ferroviário nos seguintes eixos: Cuamba/Lichinga, Cuamba/Nampula/ Nacala, Cuamba/Entre-Lagos e o Malawi”, disse.
O Estadista apontou que Cuamba é o vértice fundamental que irá permitir a ligação entre o produtor e os mercados, garantindo assim a promoção de mais produção.
“Esperamos ainda que a mobilidade de pessoas abra a oportunidade aos jovens, na procura de outras fontes de rendimento, assim como facilite a população o acesso a todo o tipo de serviços e contribuam para a promoção da nossa cultura de oportunidade de emprego”, vincou.
Explicou que a asfaltagem da estrada não serviu simplesmente para embelezar a maior província de Moçambique, mas persegue a intenção de construir vantagens rumo ao alcance da prosperidade e desenvolvimento do país.
Por outro lado, segundo afirmou, a estrada Cuamba-Muíta, e a sua ligação com o vizinho Malawi, enquadra-se num panorama mais amplo de integração regional onde a mobilidade é fundamental. ‘Por isso, o governo vai continuar a mobilizar esforços na busca de recursos financeiros para o desenvolvimento de mais infra-estruturas rodoviárias, no âmbito do projecto de competitividade da África Austral.’
“A estrada Cuamba-Muíta faz parte do Corredor de Nacala, cuja asfaltagem constitui um dos projectos prioritários da SADC e integra a iniciativa de desenvolvimento social que visa promover o acesso rápido dos países do “interland”, nomeadamente; Malawi, Zâmbia e até o Congo Democrático, ao porto de águas profundas de Nacala”, disse Nyusi.
O presidente pediu a população de Cuamba para aceitar a nova estrada como um presente de Natal e apelou para a sua conservação. Aos condutores chamou a atenção para uma condução prudente para evitar acidentes.
(AIM)
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