O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, desde Segunda-feira (22/11) iniciou uma visita de Estado de três dias ao Malawi, afirma que Moçambique pretende continuar a ser um eixo estratégico de ligação recíproca para a economia daquele país vizinho na facilitação do comércio e fluxo fronteiriço simplificado e integrado.
Nyusi, que falava na capital malawiana, Lilongwe, durante a cerimónia de lançamento da 5ª Semana de Industrialização da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) disse que também é pretensão de Moçambique facilitar as economias do países do interland para conferir uma maior fluidez a actividade empresarial na região.
Para o efeito, Nyusi disse que o seu governo está a imprimir melhorias contínuas nos sistemas portuário de Nacala (norte do país), Beira (centro)e Maputo (sul).
O estadista moçambicano referiu que durante a sua estada no Malawi vai discutir com o seu homólogo Lazarus Chakwera a melhoria do fluxo fronteiriço pelo facto de ser uma matéria que preocupa ambos os países. [Veja tambem: https://www.facebook.com/watch/?v=437492497780408&aggr_v_ids[0]=437492497780408&aggr_v_ids[1]=451387513002501¬if_id=1637644647681059¬if_t=watch_follower_video&ref=notif ].
Disse que muitas vezes o Presidente Chakwera telefona e pergunta a situação do Porto da Beira, província central de Sofala, porque a mercadoria tem que fluir com um maior velocidade.
Por isso, disse Nyusi citado pela Rádio Moçambique, emissora nacional, “desta vez na minha delegação também levo especialistas dos Caminhos-de-ferro. Vamos discutir no terreno para ver como facilitar o escoamento da mercadora para o Malawi e também do Malawi para a Beira.
Nyusi defende que numa altura em que a região da SADC e o mundo estão a recuperar dos efeitos da pandemia da Covid-19. que provocou uma recessão económica a escala global, é imprescindível acelerar a implementação do projecto de industrialização regional.
A primeira estratégia inclui sinergias decorrentes das cadeias de valor, dos corredores de transporte, do potencial energético e humano para derrubar as fronteiras terrestres de forma a corporizar a identidade económica da SADC.
Segundo Nyusi, o seu impacto é mais amplo pois irá repercutir-se na balança comercial pelo aumento das exportações e substituição das importações.
A segunda estratégia consiste no desenvolvimento tecnológico, emprego de milhares de pessoas, criando mercado para absorver excedentes agrícolas de população rural com mais enfoque nas mulheres, agro processamento e logísticas associadas, que segundo Nyusi, acaba por se tornar numa “arma poderosa” para o bem-estar da população e combater a pobreza.
A 5ª Semana de Industrialização da SADC lançada esta segunda-feira por Nyusi, na qualidade de convidado de honra decorre sob o lema “Reforçando as Capacidades Produtivas Face a Pandemia da Covid-19 para a Transformação de Economia Industrial e Sustentável”.
Na manhã de segunda-feira Nyusi recebeu a Chave da cidade de Lilongwe, um acto que teve lugar na Câmara Municipal.
“Aceitamos a chave da cidade como uma manifestação clara e inequívoca da confiança que depositam em mim como Presidente da República de Moçambique”, disse o Nyusi.
Na ocasião comprometeu-se a fazer tudo ao seu alcance para ajudar a cidade de Lilongwe no caso de precisar de sua ajuda.
“Por isso Senhora Presidente [da Câmara Municipal] não hesite nos contactar se alguma coisa pudermos fazer para esta cidade de Lilongwe”.
Na tarde desta segunda-feira Nyusi visitou o Alto-Comissariado de Moçambique e manifestou a sua decepção pelo mau estado de conservação das instalações.
(AIM)
Elias Samo Gudo (SG)/JSA