O Ministro moçambicano de Defesa Nacional, Cristóvão Chume, garante que o setor que dirige não vai dar espaço a militares criminosos e indisciplinados que se desviam da missão que foi incumbida para enveredar pelo mundo do crime.

Chume reagia à informação sobre o envolvimento de 30 militares no assalto a bancos no distrito de Palma, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, em Março último.
O titular da pasta de defesa falava esta sexta-feira (19), em Maputo, após o encerramento do 6º curso de altos comandos, 7º e 8º curso do Estado-Maior Conjunto, 10º curso de Promoção à Oficial Superior e cursos de mestrado do pós-laboral, no Instituto Superior de Estudos de Defesa ″ Tenente-General Armando Emílio Guebuza ″.
Cristóvão Chume disse estar em curso uma investigação para apurar o grau de envolvimento e responsabilidade dos visados.
″ Quando a realidade vier à tona, penso que nós não vamos ter nenhuma responsabilidade naquilo que será decidido. O que nós queremos é que nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique não podemos dar espaço aos criminosos e indisciplinados ″, sublinhou.

Segundo Chume, é preciso deixar as instituições responsáveis pelo processo de trabalho. Contudo, não será tolerado nenhum militar indisciplinado.
″ Não vamos tolerar que nenhum militar seja indisciplinado ou que seja responsabilizado criminalmente permaneça nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique ″, sublinhou.
Os indiciados que se encontram no Estabelecimento Provincial de Cabo Delgado assaltaram e destruíram balcões do Banco Internacional de Moçambique (BIM), Standard Bank e do Banco Comercial de Investimentos (BCI).
O assalto terá ocorrido durante um ataque terrorista na vila de Palma, altura em que desapareceram dos cofres bancários cerca de 60 milhões de meticais (o dólar equivale a cerca de 64 meticais ao câmbio do dia 19/11).
(AIM)
AMQ / MZ / JSA