O Ministro moçambicano da Defesa Nacional, Jaime Neto, considera que as valências que a missão da União Europeia vai transmitir às Forças Armadas de Defesa de Moçambique vão permitir que estajam sempre aptas a cumprir com a sua missão de defender a todo custo o povo moçambicano e a integridade territorial e se defender de qualquer ameaça.
Falando, Terca-feira (03) no lancamento oficial do curso de formação militar das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, pela Missão de Formação Militar da União Europeia em Moçambique, Neto saudou ‘’o engajamento e cometimento de todos os países da União Europeia e do Governo moçambicano, que tornaram possível a materialização deste desiderato, que decorre nesta Unidade Militar (KaTembe, Cidade de Maputo), em simultâneo, no Polígono do Quartel de Chimoio (provincia central da Manica’’.
Para Neto, ‘’dignifica-nos, contar com a presença honrosa e privilegiada de Sua Excelência João Gomes Cravinho, Ministro da Defesa Nacional da República Portuguesa, nesta Cerimónia, a quem saudamos e formulamos votos de boas vindas à República de Moçambique e boa estadia’’.
‘’Desde as primeiras manifestações das atrocidades terroristas na Província de Cabo Delgado (norte de Mocambique), a União Europia esteve atenta ao desenrolar dos acontecimentos, e aberta a prestar qualquer tipo de ajuda ao país’’, disse o governante mocambicano, para quem ‘’notamos com satisfação, o facto de em 2020, com o escalar das incursões terroristas, a solidariedade da União Europeia para com o nosso país ter, igualmente, registado incremento’’.
Num outro desevolvimento Neto revelou que ‘’foi, por isso, encorajador para nós termos testemunhado fervorosos debates no seio do Parlamento Europeu sobre a situação humanitária resultante dos ataques terroristas em Cabo Delgado, naquela que foi uma demonstração de fraternidade, amor ao próximo, humanismo e amizade, sem precedente, apesar da distância que nos separa. Acima de tudo, a União Europeia demonstrava ao mundo que o terrorismo é um fenómeno cujo seu combate nunca deve ser feito de forma isolada’’.
‘’Até hoje, este engajamento humanitário da União Europeia tem contribuído para aliviar, de forma significativa, a situação dos refugiados que se encontram nos vários pontos de Cabo Delgado e noutras Províncias onde se encontram abrigados, através de diversos donativos’’, vincou Neto.
Ainda segundo Neto, ciente que a assistência humanitária só teria o impacto desejado se a ameaça à segurança fosse debelada, ‘’foi com muita satisfação que tomamos o conhecimento que a União Europeia estava disposta a alargar o seu âmbito de apoio à Moçambique, para a área militar, em resposta ao pedido formulado pelas autoridades moçambicanas em Setembro de 2020’’. Mais adiante, Neto explicou que ‘’aprovação, em Julho deste ano, do destacamento da Missão de Formação Militar em Moçambique, pela União Europeia, naquela que é a mais célere abertura e intervenção da União Europeia, foi o sinal inequívoco do seu cometimento para com a causa moçambicana’’.
Segundo o governante moçambicano, ‘’Moçambique testemunha assim a longa e histórica amizade que nutre da cooperação com a União Europeia em vários domínios e que se pretende inovadora quanto duradoira’’. ‘’Estamos a fazer história, pelo facto de ser esta, a primeira formação militar das FADM a ser levada a cabo pela União Europeia, nos moldes presentes’’, sublinhou Neto, vincando se seguida que ser ‘’nossa obrigação, tudo fazermos para que a mesma seja registada nos anais da história, como sendo aquela que contribuiu para a melhoria da situação de segurança em Moçambique’’.
(AIM)
JSA