Moçambique/Reconstrução de Cabo Delgado: Governo Reúne com os Parceiros de Cooperação

Por: Leonel Ngwetsa , da AIM
O Primeiro-Ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, presidiu Segunda-feira (25) a reunião com os parceiros de cooperação sobre o Plano de Reconstrução de Cabo Delgado (PRCD), norte do Pais, onde o governante considerou que o plano vai complementar as acções que já estão em curso em Cabo Delgado no âmbito do Plano Económico e Social (PES) e da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) de Moçambique, que corresponde ao desenvolvimento das províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa.
“Dissemos na altura que o Plano de emergência para os distritos do norte de Cabo Delgado não substituía os outros planos existentes de desenvolvimento das províncias do norte do nosso país. Pelo contrário, este Plano de Reconstrução de Cabo Delgado, aprovado pelo Governo, sintetiza e aglutina todos documentos”, explicou.
O norte da província de Cabo Delgado e’ assolado pelos ataques terroristas de Outubro de 2017 e que já causaram mais 2.500 mortos e mais 850 mil deslocados, para alem de severas destruições de inúmeras infra-estruturas públicas e privadas.
Na ocasião, o Banco Mundial comprometeu-se a desembolsar 100 milhões de dólares americanos para financiar o PRCD. O compromisso foi assumido pela directora regional do Banco Mundial, Ida Pswarayi-Riddihough, no final da Reunião dirigida pelo primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
Riddihough disse que o valor referido será canalizado para a reconstrução de edifícios públicos, restauração de serviços básicos, facilitar o acesso a água e saneamento de meio, fornecimento de energia, reestruturação dos meios de vida, apoio ao sector da agricultura e distribuição de kits para melhoramento da vida da população.
Imagem“Queremos assegurar que já temos 100 milhões de dólares disponíveis para o projecto de emergência, agora estamos trabalhando num financiamento adicional que estará disponível até o mês de Dezembro, seguramente vamos começar a desembolsar a partir do mês de Janeiro de 2022”, disse.
No dia 21 de Setembro último, o Conselho de Ministros anunciou que seriam necessários cerca de 300 milhões de dólares para a reconstrução das infraestruturas públicas e privadas destruídas pelos terroristas. Em relação a este facto, a vice-ministra da Indústria e Comércio (MIC), Ludovina Bernardo, assegurou que já estão em curso algumas actividades no terreno, sobretudo acções de impacto imediato que devem ser realizadas, numa primeira fase, até Dezembro para assegurar o regresso tranquilo da população às suas zonas de origem.
Actualmente, decorem naquela província várias acções com vista a restaurar as infraestruturas públicas e privadas, fornecer energia eléctrica, serviços de telefonia móvel, estabelecimento bancários, entre outras.
Já a Alta-Comissária do Reino Unido, Nne Nne Iwuji-Eme, comprometeu-se a colaborar com o governo na prestação de ajuda humanitária, reabilitação de infra-estruturas, provisão de água e saneamento do meio, educação, empoderamento da mulher e segurança das pessoas.
“Nós prometemos que a partir de quarta-feira vamos reunir com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e outros Ministérios, para a falarmos sobre os próximos passos”, disse a diplomata britânica.
(AIM)
LW/SG/JSA