Moçambique: Governo Espera Reduzir Taxa de Desemprego para 10 por cento até 2035

O Governo moçambicano lançou hoje, em Maputo, o Programa Emprega, uma iniciativa que visa aumentar as oportunidades de emprego, através da criação de mais postos de trabalho para jovens, com vista a reduzir a taxa de desemprego dos actuais 17 por cento para 10 a 11 por cento até 2035.

Orçado em 27,5 milhões de dólares, o Programa Emprega, será implementado em 55 distritos do país com apoio do Banco Mundial.

″Uma das metas na nossa programação de desenvolvimento a longo prazo é a redução da taxa de desemprego para a média de 10 a 11 por cento até 2035. Em 2015, esta cifra era de 21 por cento. É com satisfação que reduzimos para 17 por cento em 2020″, disse o estadista moçambicano, que dirigiu o evento.

Afirmou que programa Emprega vai providenciar soluções para alguns destes desafios, incluindo o aumento da oferta de empregos assalariados, disponibilização de capital para promoção de empregos, formação e capacitação dos jovens e incremento da participação do emprego formal para as mulheres e dos jovens que vivem em zonas menos servidas.

″Com o emprega queremos que os jovens criem as suas próprias empresas e empreguem outros jovens. O programa Emprega é também um instrumento que visa garantir a adopção de uma economia mais diversificada e competitiva″, afirmou.

Nyusi explicou que o referido programa assenta em dois componentes. ″A primeira componente é a competição do plano de negócios onde esta apoiará jovens empreendedores no crescimento de suas empresas, na criação de mais emprego, sendo que a meta é ter mais de 10 mil participantes neste programa nacional que é implementado pela primeira vez no país″, ressaltou.

Esta componente, acrescentou Nyusi, fornecerá serviços de formação e orientação de alta qualidade para melhorar o sucesso das empresas com o direito de receber até 1,5 milhão de meticais sendo que os beneficiários serão seleccionados com base no potencial de crescimento das suas empresas e de criação de empregos.

″Espera-se que os beneficiários contratem imediatamente mais jovens para reforçar o seu papel como geradores de emprego″, afirmou.

O governante frisou que o pacote serviços e o capital fornecido é para assegurar que as empresas possam prosperar e durar o suficiente para serem financeiramente rentáveis, auto-sustentáveis e capazes de gerar ainda mais empregos.

A segunda componente, apontou o governante, é de apoio à produtividade, para os jovens trabalhadores que queiram ser mais produtivos e aumentar seus ganhos, particularmente os que trabalham no sector informal.

Esta componente fornece apoio financeiro aos jovens para que tenham acesso aos programas de formação de qualidade e outros serviços de apoio e, para o efeito, foram criados dois subgrupos de beneficiários.

O primeiro, estimado contempla mais de 20 mil jovens. O segundo integra quatro mil jovens que irão competir para receber o capital inicial para montar ou expandir seus negócios.

Aliás, disse o governante, apostar na promoção do emprego, do auto-emprego e empreendedorismo dos jovens é o melhor investimento sustentável que um país pode fazer.

O governo moçambicano considera o emprego como fundamental para a promoção do crescimento da economia, melhoria da renda das famílias através da sua remuneração e para a promoção da inclusão social dos mais desfavorecidos na sociedade.

″Este programa que hoje lançamos enquadra-se nessa visão sobre a necessidade e urgência de criação de emprego.″, sublinhou.

Desafiou os implementadores do programa, para que tornem a iniciativa num verdadeiro exemplo e instrumento activo de promoção de mais e melhores empregos para a juventude.

″Apelamos para que as acções programadas e os fundos disponíveis sejam geridos de forma profissional, inclusiva e transparente e acima de tudo chegue aos beneficiários e que haja prestação de contas ao povo e aos financiadores″, disse.
(AIM)
amq/sg