Moçambique/Cabo Delgado: Teatro Operacional Norte Caracterizado por Boa Colaboração entre Topas da SADC e de Ruanda

Força da SADC quer acabar com o terrorismo em Cabo Delgado em três meses -  O País - A verdade como notícia
Tropas da SADC, em Cabo Delgado
O representante da Missão da SADC, em Moçambique, na luta contra os terroristas que actuam na província nortenha de Cabo Delgado, Mpho Molumo, considera boas as relações entre as tropas da SADC e as do Ruanda, todas no Teatro Operacional Norte, caracterizadas por uma boa colaboração, apesar de existirem comandos diferentes.

Militares ruandeses  a sua chegada a Cabo Delgado, no  norte de Moçambique, no dia 10 de Julho de 2021. O contingente ruandês vai ajudar o Exército moçambicano a combater o terrorismo no norte  do país.

“Relativamente ao desdobramento das forças do Ruanda foi um arranjo bilateral entre dois Estados soberanos (Moçambique e Ruanda) e o nosso é multilateral. Os nossos generais criaram mecanismos para coordenação de modo a evitar acidentes. Até agora, tudo está a correr bem”, disse Mpho Molumo.
Molumo falava Quinta-feira (14), em Maputo, onde referiu que os terroristas estão a dispersar-se para o sul do rio Messalo, entre as províncias de Cabo Delgado e Niassa, como resultado das operações conjuntos na luta contra os terroristas que protagonizam matanças e destruições de infraestruturas públicas e privadas, em Cabo Delgado.
Num outro desenvolvimento, Molumo explicou que se de um lado, anunciam-se vitórias, mas, do outro, apresentam-se preocupações no combate ao terrorismo. Novos focos de terrorismo podem surgir com a fuga dos terroristas no norte do país. Para Molumo os terroristas foram enfraquecidos, mas também não totalmente eliminados.
“Os terroristas movimentaram para o sul do rio Messalo. A Força Militar da SADC (SAMIMI) está no terreno, continua com as suas operações e é devido a esta movimentação que a região decidiu prorrogar a permanência da missão”, explicou Molumo.
Esta quinta-feira, a Missão da SADC em Moçambique pediu apoio à Comunidade Internacional, para restauração total da estabilidade no norte de Moçambique. Neste âmbito, o representante da Missão reconheceu que, “sim, a missão tem custos para todos os Estados-membros e a SADC está a implementar todas as medidas possíveis para garantir a segurança das próprias tropas no terreno. É neste contexto em que a SADC gostaria de apelar a toda comunidade internacional, aos nossos parceiros de cooperação internacional para nos apoiarem de todas as formas possíveis, por entendermos que uma paz duradoira em Moçambique não pode ser garantida apenas por acções militares. Há muito a fazer-se pela estabilidade do povo de Moçambique”.
(AIM)
OP/JSA