
A Câmara de Comércio de Moçambique (CCM) condena a onda de raptos e sequestros, a maioria dos quais reportados na cidade e província de Maputo, considerando que tais acções criminosas ameaçam o ambiente de negócios no país.
O repúdio foi expresso pelo Presidente da CCM, Álvaro Massinga, à margem do Primeiro Conselho Consultivo da CCM, realizado terça-feira, em Maputo, após dois raptos, ocorridos quinta-feira da semana passada em Maputo. As vítimas deste último rapto são Basit Gani, médico e vice-presidente da Associação Moçambicana de Empresários e Empreendedores Muçulmanos, e Nazir Tadkir, empresário na área de restauração.
Segundo Massinga, este tipo de crime organizado tem como agentes pessoas sem escrúpulos e movidas de criminosa ganância de vida fácil e enriquecimento ilícito. “Fará parte da nossa agenda, no quadriénio 2021- 2025, como prioridade, a advocacia por uma sociedade onde fazer negócio não representa perigo, onde o investidor e o agente económico gozam de protecção necessária para o desenvolvimento das suas actividades empresariais”, assegurou Massingue.
Para o efeito, destacou que conta com todos os actores da sociedade (políticos, governantes, empresários, sociedade civil e todas as camadas sociais) no repúdio e combate contra esse mal. Sobre o Primeiro Conselho Consultivo da CCM, Massinga disse que serviu para traçar linhas que visam materializar o compromisso assumido com o empresariado nacional, para edificação de “uma Câmara sustentável, fortificada, aberta e inclusiva.”
“Queremos transformar a nossa presidência num sinal de esperança e garantia que não nos faltará apoio neste desafio único de encarar e aceitar a adversidade do nosso pensamento como um caminho inevitável para garantir o presente e o futuro das nossas empresas e do seu desenvolvimento em um ambiente político e económico favorável”, prometeu.
No leque dos desafios apresentados no referido Conselho Consultivo, o destaque vai para a necessidade de dotar a instituição de capacidade humana para responder aos desafios do plano estratégico e garantir a sustentabilidade institucional.

Os últimos dois raptos provocaram uma reacção enérgica do Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), Filipe Nyusi, que instruiu a Polícia da República de Moçambique (PRM), o Serviço Nacional de Investigação Criminal e outros intervenientes destes sectores de actividade a agirem, rapidamente, para o esclarecimento dos casos de raptos que afligem a sociedade em todo país.
Nyusi deixou esta ordem no encerramento do 18º Curso de Operações Especiais e de Reserva da Polícia da República de Moçambique (PRM), evento que teve lugar na tarde de quinta-feira, no distrito da Manhiça, a norte da província de Maputo.
(AIM)
Tel/JSA