O Presidente da Renamo, Ossufo Momade, diz, através de comunicado de imprensa, ter acompanhado “com muita preocupação e tristeza” a notícia da morte de Mariano Nhongo, em consequência de confrontos militares com as Forças de Defesa e Segurança.
“Este evento chocou a qualquer moçambicano porque não é a via desejável e aceitável para resolver os problemas nacionais, razão pela qual, sempre deve-se eleger o diálogo como a via privilegiada”, le-se no Comunicado de Imprensa.
Momade apela aos demais membros da Junta Militar da Renamo a fazerem parte do DDR (processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração). “Aos integrantes deste grupo, mais uma vez apelamos a abandonar a via armada e a juntar-se ao processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração como forma de contribuir no esforço colectivo de alcançarmos a paz duradoura e estabilidade social, factores determinantes para desenvolvimento nacional”, vincou Ossufo Momade!
Mariano Nhongo foi abatido por volta das 07:00 horas numa mata do distrito de Cheringoma, província de Sofala, centro do país, durante uma troca de tiros com uma patrulha da polícia moçambicana, conforme anunciou Bernardino Rafael, Comandante-Geral da Policia da Republica de Moçambique (PRM), em declarações a jornalistas em Maputo, na tarde de Segunda-feira.
“Recuperámos seis armas, uma pistola, 95 balas e uma [metralhadora] AK47”, acrescentou.
O grupo de antigos guerrilheiros tem contestado a liderança da Renamo e os termos do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) decorrentes do acordo de paz de agosto de 2019 entre o Governo moçambicano e a Renamo, maior forca politica moçambicana.
A auto-proclamada Junta Militar da Renamo tem protagonizado desde então ataques armados no centro de Moçambique, concretamente nas províncias de Sofala, Manica e Tete, que já provocaram a morte de algumas dezenas de pessoas e destruição de muitas infraestruturas publicas e privadas.
Corpo de Nhongo na Morgue de Dondo (Sofala)
Os restos mortais do líder da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, abatido segunda-feira em confronto com as Forças da Defesa e Segurança nas matas de Mazamba, em Cheringoma, encontram-se depositados na morgue do Centro de Saúde do Dondo, em Sofala.
Segundo a PRM, em Sofala, a corporação iniciou ainda Terca-feira a identificação da respectiva família, no distrito de Chemba. Um oficial superior da PRM garantiu que não existe oficialmente, para já, outro tipo de procedimento legal sobre o facto, desmentindo, assim, rumores que circulam na cidade da Beira segundo os quais havia uma previsão de missa de corpo presente do antigo guerrilheiro da Renamo.
(AIM)
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