Moçambique/”Junta Militar da Renamo”: Morte de Nhongo não Dissuadirá as Nações Unidas na Busca da Paz

Mariano Nhongo propõe envio de representantes para o início do diálogo
Mariano Nhongo

A morte do líder da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, não vai dissuadir as Nações  Unidas (ONU) na busca pela paz  definitiva em Moçambique, e deve servir para redireccionar os esforços para permitir que os restantes combatentes da Junta se juntem ao processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR).

A posição das Nações Unidas vem expressa numa declaração do enviado do Secretário-Geral das ONU para Moçambique e Presidente do Grupo de Contacto, Mirko Manzoni.

Mirko Manzoni

Manzoni  afirma  que  repetidas vezes foram abertas oportunidades para se recorrer ao diálogo entre Nhongo e o governo moçambicano, incluindo a ONU, em vez da violência.

“Neste momento, o nosso pensamento está com o povo moçambicano, em particular o da zona centro, e reiteramos o nosso compromisso de apoiar os esforços destinados a trazer uma paz definitiva ao país”,  lê-se na declaração.

Embora seja um fim lamentável, a ONU reconhecem os consideráveis esforços do governo em recorrer a meios pacíficos  para  devolver  a  estabilidade sobretudo nas províncias centrais de Sofala e Manica. Há mais de dois anos que as ONU procuram estabelecer relações com Nhongo e a encorajá-lo activamente a aderir ao DDR.

O Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, anunciou na tarde de segunda-feira (11), em Maputo, que Nhongo foi morto durante uma troca de tiros com as Forças de Defesa e Segurança (FDS) no distrito de Cheringoma, em Sofala.

(AIM)

Tel/JSA